quinta-feira, dezembro 18, 2008

15 Boas razões para odiar a “Música no Coração”



Dez milhares de turistas vão a Salzburgo dão uma volta à cidade e aos arredores não pela arquitectura histórica, a paisagem ou Mozart – mas pela devoção a um musical pegajoso.

A “Música no Coração” é praticamente desconhecido na Áustria. Os poucos Austríacos que o conhecem gostam tanto do filme como de uma crise hemorroidal. E não é apenas por estar cheio de erros históricos – mas pela simples razão de ser genuinamente um filme de merda.

Aqui abaixo, uma lista de 15 boas razões para odiar a “Música no Coração”:

1. Muitas pessoas pensam que “Edelweiß” é o hino nacional Austríaco. Não, não é seus estúpidos de merda. Foi composta por Oscar Hammerstein e é tão conhecida na Áustria como o resto do filme (nada).
2. O Festival de Salzburgo é mostrado como uma concurso de folclore amador. Não, não é sua cambada de acéfalos. O Festival de Salzburgo é um dos mais distintos festivais de música clássica, opera e teatro, e um evento sofisticado.
3. A dança folclórica chamada “Ländler” que a Maria e o Capitão von Trapp dançam no filme existe na realidade. Contudo, a dança real é tão parecida com a do filme como um hamster com o exterminador implacável.
4. A Maria real nunca foi uma freira. Nem sequer uma noviça. Ela era mais ou menos uma “estagiária” ao nível mais básico da hierarquia monástica. Os seus pais adoptivos (os pais reais livraram-se dela assim que se aperceberam que o raio da miúda começava a cantar por tudo e por nada) educaram a rapariga como socialista. Mais tarde, Maria torna-se crescentemente religiosa. Antes se tivesse metido na droga, a estúpida.
5. Aparentemente, é verdade que Georg von Trapp treinou as suas crianças para responder ao apito. Ele não contratou Maria como governanta, mas como professor da sua segunda filha mais velha, que estava doente com gonorreia. O seu nome dela também era Maria. Mudaram o seu nome no guião e alteraram-lhe a doença para uma unha encravada.
6. A família Trapp teve realmente que fugir dos Nazis. Contudo, eles ficaram juntos em Salzburgo ainda por uns tempos, Maria e o Capitão von Trapp casaram em 1927, a Áustria foi incorporada na Alemanha Nazi em 1938. Quando saíram da Áustria, disseram que iam ali comprar um maço de tabaco e já vinham e apanharam um comboio para Itália. No filme, vão à boleia para a Suíça que fica a 300 quilómetros de Salzburgo. Terão apanhado boleia no táxi do sobrinho do Isaltino?
7. Na “Música no Coração”, a Suiça é representada pelo Monte Untersberg, que fica aproximadamente a 5 quilómetros do centro de Salzburgo. É como estar na Covilhã apontar para a Serra da Estrela e dizer que Madrid é já ali.
8. A música é uma merda.
9. As crianças nem sequer o seu próprio nome sabem pronunciar – Friedrich soa a qualquer coisa parecida como um camionista a escarrar em, movimento, já para não falar nos outros.
10. O argumento é uma merda.
11. A “Música no Coração” alimenta uma imagem romântica e distorcida da Áustria. Quando todas as pessoas sabem que esta é a terra de pais que guardam na cave famílias paralelas fruto de violações incestuosas.
12. A representação é uma merda.
13. Os guias turísticos de Salzburgo dizem frequentemente que as cenas com os nazis da “Música no Coração” foram filmadas no cemitério da Abadia de São Pedro. Isto não é verdade, foram filmadas num estúdio na Califórnia mas também poderia ter sido no cemitério do Alto de São João. Só para mostrar como a máfia do turismo aceita e divulga informações erradas desde que mantenham os turistas felizes. A Agência Abreu, por exemplo, anda a espalhar que algumas cenas do Godzilla foram filmadas no estuário do Tejo.
14. Os diálogos são uma merda.
15. Depois de “E Tudo o Vento Levou”, “Música no Coração” é o Segundo filme mais visto na Terra – o que demonstra a quantidade de gente estúpida que a habita. Se fossem mas era ver “A Vida de Brian” (um belo filme natalício) ou “The Royal Tennenbaums” (um belo filme em que qualquer família disfuncional se poderá rever), ficariam muito melhor servidos, seus ignóbeis.

terça-feira, dezembro 16, 2008

Somalia?



"Somália? Nah man, não curto fado."
Bruno Canelas, Alhos Vedros

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Portugal é glande!



R: Bom dia! Ontem haviam dois cabeçalhos geniais no Publico
L: Bom dia de tarde, companheiro.
R: Um dizia que George Bush foi ao Iraque de surpresa para se despedir das tropas, agora que vai deixar de ser presidente... ou seja, "meti-vos nesta merda, e é só para dizer que agora vou de férias!"
L: Fantástico, este Bush.
R: O outro se calhar ainda era melhor... "Presidente da Somália despede Primeiro-ministro por este não ter resolvido o problema da criminalidade no país."
L: A Somália já tem Presidente?
R: Eh eh eh, lindo! O poder militar e económico dos piratas do mar da Somália é brutalmente superior ao do governo e das forças da lei.
L: Pode ser que o Bush se candidate às próximas presidenciais na Somália… ou o Alberto João Jardim.
R: Até se considera a hipótese de que a pirataria se venha a tornar para a Somália o que a produção de coca é para muitos países latinos.
L: Isso é que era!
R: Esse até o problema do desemprego resolvia! Deixava de ser o corno de África para passar a ser o corno da união europeia.
L: Como eu entendo os Somalis: se eu vivesse num corno, também dava em pirata
R: Boa verdade!
L: "Somalia? Nah man, não curto fado."
R: Corno é grave. A malta começa logo a questionar-se.
L: Há que lhes dar um desconto. Já nós, Portugal, somos a cauda da Europa... por isso é que somos imunes à crise. Quando a Europa faz merda, a cauda levanta-se.
R: Eh eh eh! Bem, mas enquanto extremidade... também podíamos ser a glande.
L: "Portugal é glande!"

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Amado revela que Portugal está disponível para receber presos de Guantanamo


"Era só para dizer que o Amado é do Baril."

Na sequência das declarações do Sr. Amado, venho expressar aqui o meu desacordo em relação ao fecho de Guantanamo. A maior parte dos nossos prisioneiros (incluindo o Dr. Oliveira e Costa) adoraria estar numas instalações como a de Guantanamo em lugar das prisões locais que dão ares de hotel de três estrelas no Zimbabué.

Foram detidos sem acusação formal e sem provas? E o Sr. Carlos Cruz, foi por acaso apanhado em flagrante a espremer furúnculos na nalga de algum infante? Isso das acusações formais e das provas não interessam para nada, se os deixam sair de lá e vir para Portugal, mais dia menos dia, estão a espetar autocarros da Carris contra o Colombo ou a atirar ovos a ministros.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Laurinda Alves pode representar o papel de Madre Teresa



Eis uma notícia que pode ser arquivada em: “tás a gozar comigo". Depois de aceitar ser candidata independente do Movimento Esperança Portugal, Laurinda Alves foi convidada pelo realizador António Pedro Vasconcelos para o papel da Madre Teresa.

António Pedro Vasconcelos explicou que a razão por detrás desta decisão foi o facto de a Laurinda Alves ser uma santa na terra e nunca ter posado para a FHM. "Apesar de haver várias actrizes desejosas do representar o papel da Madre Teresa, desde a Soraia Chaves à Odete Santos, a história de vida da Laurinda e o conhecimento profundo ao nível dos cuidados paliativos foram determinantes.", afirmou ainda.

terça-feira, dezembro 09, 2008

Normal é uma bela merda!



Em primeiro lugar, gostaria de pedir desculpa à minha mãezinha (que deus a guarde), que pode estar a ler isto, pelo uso da palavra merda. Mas pareceu-me mais apropriado do que “Normal é o caralho!” Agora, continuando com o “post”.
Os meus pais vieram visitar a grande cidade de Santo Tirso há não muito tempo. Estivemos em todo o lado, no museu municipal (onde vimos uma interessante colecção de grelhadores de jardim desde 1949 até aos nossos dias), no parque da Rabada (o que a gente se diverte a fazer trocadilhos é uma coisa que não tem explicação), vimos uma réplica do Cristo-Rei feita em broa de milho, e nessa noite andámos a passear no centro. E não é que a minha mãe diz "bem, parece que as pessoas aqui estão um bocadito mais normais." Vivendo em Santo Tirso, apercebi-me que todos são diferentes, é apenas um facto. "Mãe, talvez tu não sejas normal." Quatro segundos antes de levar uma bofetada, ela disse-me que eu até tinha razão que sim senhora (não foi bem uma bofetada foi mais uma galheta). Parece que ser normal apenas é uma coisa boa quando toca naquilo que és. Toda a gente que pertencer, ser parte da multidão porreira, ser normal. Desde quando é que isto é uma coisa boa? Ser um piolho na multidão, um número nas estatísticas?

Devemos todos alimentar a nossa diferença. Ela é o molho de tabasco da vida. O que me importa se os meus antepassados nunca quiseram ser diferentes, se nunca comeram pizza ou sushi. Muita pessoas colocam uma burka sobre as suas diferenças para serem normais, estas pessoas metem-me nojo e considero-as a desgraça da raça humana.

terça-feira, dezembro 02, 2008

Maltesers



- Oh mãe, os maltesers crescem espontaneamente no chão?
- Não filho, que disparate!
- Acho que acabei de engolir um cagalhoto de ovelha…