sexta-feira, janeiro 30, 2009

Vacas açorianas contra BE




A Associação das Vacas Açorianas (AVA) emitiu ontem um comunicado insurgindo-se contra o Bloco de Esquerda (BE), a propósito das manifestações contra a acção promocional dos Açores em que elas estiveram expostas na Praça de Espanha, considerando “injustificável a manifestação com bandeiras vermelhas e ao som de djambés, com elevado ruído, sujeitando-nos a condições inadequadas para garantir o nosso bem-estar físico e emocional. Para além de ficarmos todas num grande estado de nervos!”

terça-feira, janeiro 27, 2009

Muito obrigada pelo Freeport Sr. Sócrates!



«Eu sei que há algumas pessoas que, ao ouvir a palavra outlet, lhes surgem imagens de uma apocalipse consumista, de roupas dignas de uma qualquer concorrente do Preço Certo, de cabeleireiras brasileiras ou, ainda pior, da rainha do Carnaval de Alhos Vedros. Ora o Freeport, graças ao extremo bom gosto e apurado sentido estético do Sr. Sócrates, para além de todos os cuidados com o realojamento da fauna local como o sapo de unha negra e o bufo-curujão em terrenos baldios nas traseiras da fábrica de enchidos Izidóro, não é nada assim. De facto, neste belo outlet podemos fazer grandes compras a preços de loja chinesa.

O Freeport foi a melhor coisa que me aconteceu na minha vida desde que a Srª D. Fátima Lopes começou a aparecer na televisão com um programa só dela. Por mim, abria-se outro no Montijo e os estorninhos de dentes cariados que se mudassem. São animais selvagens, já devem estar habituados a mudanças!»
Vera Bolacha Maria, 34 anos (Alhos Vedros)

quinta-feira, janeiro 22, 2009

O homem do século XXI deseja sofisticação e igualdade entre humanos e ovelhas



16/01/2009: Uma pesquisa recente descobriu que os gajos já não preferem as mulheres louras e que o parceiro ideal é uma ovelha morena – a cor que aparentemente define um ser inteligente, sofisticado e de forte carácter. Mais de 51% dos homens da Azambuja, representativos de um estudo nacional, demonstraram o seu asco pelo comportamento estereotipado, votando nas ovelhas morenas em 1º lugar. Trabalhando junto com a Escola Superior Agrária de Santarém, o relatório patrocinado pela Malhas Sonicarla, SA de Santo Tirso, resulta da pesquisa mais abrangente alguma vez feita à correlação entre homem, cor de cabelo/pêlo e a intensidade da atracção.

O Professor Pedro Cebolinho, que conduziu o estudo, comenta:

"O que descobrimos arrasa toda uma série de estereótipos dos nossos antecessores, em que o cabelo louro era visto como um símbolo de juventude. Verdade seja dita, escusávamos de andar para aqui a gastar dinheiro em merdas de estudos para manter ocupados uma carrada de sociólogos no desemprego, bastava ter olhado para a Lili Caneças. Mas pronto, vá lá, até me pagaram bem. Continuando, à medida que o papel das mulheres foi evoluindo, as expectativas dos homens também se alteraram. Eles procuram relações mais intensas, e a aparência tem um papel importante. A cor do cabelo/pelo pode indicar experiência de vida ou se costuma fazer compras no Minipreço."

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Atenas



A Anarquia é uma teoria que nunca irá funcionar. As pessoas comuns não possuem os meios para gerir tudo por elas próprias, ou proteger-se a si mesmo se alguém mais forte lhes tentar tirar a sua propriedade. Além disso, a maior parte das pessoas nem sequer saberia por onde começar se todo o sistema social entrasse em colapso. Penso que apenas uma elite com treino de combate ou armas adequadas o conseguiria, mas quem quereria viver num mundo assim?

As pessoas que sobrevivessem iriam ter uma vida terrível. Claro, poderiam sobreviver por alguns meses ou anos, mas eventualmente alguma coisa haveria de acontecer e não saberiam como lidar com isso pois nunca estiveram perante tal situação, ou não tiveram a formação adequada. Ninguém pode dominar todas as habilitações necessárias para sobreviver num mundo em que tu és o teu próprio sistema de suporte, a tua vida seria uma luta constante pela sobrevivência. Ninguém consegue sobreviver por si mesmo, nenhum animal no mundo pode sobreviver por si mesmo. Precisas de ter um grupo de pessoas, em que cada uma gere coisas diferentes: um Governo.

Esta merda de conversa acerca de como somos governados por maiorias é típica de idiotas. Não interessa qual o sistema pelo qual és regulado (mesmo se tu fores o sistema) nem todas as pessoas ficarão totalmente satisfeitas. Mas pelo menos, em democracia, a maioria das pessoas estão satisfeitas com o governo em funções (caso contrário, escolhem outro nas eleições; a única coisa que podes esperar é que a maioria das pessoas concordem em alguma coisa e avancem com isso. Na realidade, não interessa se é uma democracia, um governo socialista ou comunista, haverá sempre um grupo de pessoas que não estão satisfeitas com o sistema.

Em boa verdade, o que move “a malta”, jovens inconscientes mas deprimidos pela mediocridade que sentem nas veias, é “gostar de partir tudo”. Nada mais. Dá ideia que partilham um único cérebro comum, inerte (o acto de pensar exige mais do que estão dispostos a dar).

terça-feira, janeiro 06, 2009

Morangos Silvestres Com Açúcar #1



A nova série dos Morangos Com Açúcar pode ser vista a partir de três dilemas: a infância, o amor e a história. Dos três elementos, o terceiro é o menos visível. O primeiro foi o mais explorado de maneira consciente. O segundo poderia ser definido mais como a falta de amor ou as sucessivas tentativas de conquistá-lo. Esta série agrega a totalidade da problemática bergmaniana. Desde o problema da infância, do amor e da história, até o de Deus.

Os cartazes de campanha eleitoral de Rodrigo foram boicotados. Ele fica furioso e ameaça Madalena, convencido de que foi ela a autora do boicote. Rodrigo queixa-se a Manuel acusando a outra lista de boicote. Madalena defende-se e os dois trocam insultos. O director tenta apaziguar a situação, mas os jovens sempre que têm oportunidade ofendem-se mutuamente.

Rodrigo acha que as suas manifestações ideológicas não poderiam ser tratados numa outra época ou numa outra sociedade. Em primeiro lugar pela própria incapacidade de Madalena adaptar-se a outra realidade. Manuel afirma a sua estranheza em relação ao comportamento de Madalena, denuncia uma forte influência anglo-saxónica, relacionando a dependência da burocracia estatal com a independência do imediatismo do mercado.