A Parpública é uma bela merda

"A Standard & Poor's cortou o 'rating' da Parpública de BB+ para BB e deixou a nota da holding das participações do Estado sob perspectiva negativa." [economico.sapo.pt]

BB+ para BB é equivalente a descer de "lixo" para "uma bela merda". O conselho de administração reuniu hoje de emergência e contou 137 tábuas no soalho da sala de reuniões.

Uma questão pertinente será: quem define os ratings das agêngias de ratings?

Isto apesar de todos sabermos que a Parpública é uma bela merda de investimento e que não punha lá o meu dinheiro nem que me pagassem. Mas para isso não é preciso uma agência de ratings, até a Rita Pereira ou as pessoas que leem o Correio da Manhã sabem isso.

Oh Armando, empresta guito à malta!

Acabei de ter uma epifania. Os portugueses podem estar sossegados que não há necessidade de recorrer ao FMI para salvar a nação do descalabro financeiro. Basta pedir dinheiro emprestado ao Armando Vara.

Como é possível que este macaco se continue a encher de guito à custa do contribuinte, desta forma descarada e impune?

Aníbal, o Ventríloco

O conservador Aníbal, irá agora ter umas quantas reuniões com os partidos políticos num esforço pouco convincente para evitar o vazio (um local onde se sente bem e onde já deu instruções para construir uma marquise em alumínio escovado). Nos dois ou três meses antes de uma nova eleição poder ser realizada, ele poderá encetar uma “aliança patriótica” dos principais partidos. Ou poderá indicar um “governo técnico” transitório, não-partidário. Uma terceira opção é manter um número de ventriloquismo, mantendo o engenheiro Sócrates como boneco e o professor Aníbal ao seu lado, com um braço enfiado no cólon e a falar por ele sem mexer os lábios.

O povo ama Kadhafi e ele também se ama

O coronel Muammar Kadhafi disse à BBC que é amado por todo o seu povo e continua a negar ter havido quaisquer protestos em Tripoli. O Coronel Kadhafi disse que o seu povo morreria para protegê-lo e ainda colocaria um testículo numa prensa hidráulica por ele. Riu-se da sugestão que ele iria deixar a Líbia e disse que se sentiu traído pelos líderes mundiais que insistiram com esse disparate.

Tradutor tem ataque de nervos durante um discurso de Sócrates em Berlim

Depois de se debater, durante 35 minutos, para transformar as divagações insanas de Sócrates de inglês técnico para alemão, o intérprete pessoal do primeiro-ministro português perdeu-se na tradução.

“Epá, eu não aguento mais esta merda,” gritou o intérprete de Sócrates para o microfone aberto – em português e em directo. “O seu intérprete entrou em colapso – esta é a primeira vez que vejo isto em 25 anos,” disse o intérprete de Angela Merkel ao “Correio da Manhã”.

Sócrates disse a Merkel que tinha levado os seus próprios intérpretes de Alemão e Inglês porque iria falar num tipo de inglês técnico especial que apenas eles iriam perceber. Por seu lado, aqueles que têm feito traduções para Sócrates disseram estar solidários com o desepero do intérprete.

“Ele não é propriamente o orador mais lúcido,” disse outro intérprete. “Não é que o que ele esteja a dizer seja ilógico, mas a maneira como o diz é bizarra.”
Sócrates tem o hábito de repetir a mesma frase vezes sem conta, “o que até é bom, porque se não entenderes o que ele diz à primeira consegues sempre acertar à segunda ou à terceira. As divagações extemporâneas do ‘primeiro’ português são sempre um desafio interessante. Às vezes parece mesmo que está a falar sózinho ou para um amigo imaginário,” disse.

Esta geração #2

Ele houve um período em que nenhuma geração em específico era alvo do que os media expeliam da sua enorme e inflamada narina colectiva (aquela na sua cara). Sem um estereótipo para usar como público-alvo, os media debateram-se por algum tempo até um executivo júnior sem nome em algum lado ter surgido com a ideia de tentar a comercialização de produtos para heterossexuais e foi rapidamente despedido, e depois morto.

Contudo, depois dos Homens da Luta se terem apropriado da cantiga de intervenção para chegar aos jovens que andavam a coçar-se por algo que pudessem chamar de seu, um executivo sénior muito bem pago algures decidiu que poderia ser uma interessante mudança de paradigma para tentar comercializar produtos a jovens anti-capitalistas. Naturalmente, os magnatas dos media atiraram-se esta ideia. Bem, tecnicamente eles tinham os seus assistentes a atirar-se por eles, mas ainda assim tiveram os seus massagistas privados a dar-lhes sessões prolongadas devido ao enorme esforço intelectual que implica o aproveitamento da estupidez alheia.

Esta geração #1

Lembram-se da Geração X? Essa geração desovou a que temos agora enquanto tomava o poder, apesar de serem preguiçosos, indolentes e de higiene questionável; a indústria da música e dos refrigerantes fez de tudo ao seu alcance para comercializar o seus produtos especificamente para a essa geração. Então, gradualmente, o mundo deixou de se preocupar com eles porque tinham decidido crescer e tornar-se gente.

Como todos sabemos, as pessoas não são novidade, nem são dignas da atenção do mundo da publicidade. Só vale a pena falar nos freaks, doidos e esgoto em geral de uma sociedade produtiva.

O Planeta dos Deputados

Por que é que nenhum governante propõe a redução dos deputados da Assembleia da República e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países a sério? Porque é que não se reformam as mordomias na Assembleia da República, os almoços opíparos, com digestivos e outras libações incluídas à custa da indigestão do contribuinte e da gestão danosa do Estado?

Por que é que nenhum governante fala em acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego? Provavelmente porque, ao contrário do esquilo, lhes falta algo.

Líbia, esse Algarve do Oriente

Os líderes Líbios andavam tão excitados com as perspectivas da sua nova condição, que bem nos tentavam impressionar. A capital Mediterrânica andava a esbanjar balúrdios em cosmética. Vinte projectos de construção distintos obstruiram a vista costeira de Tripoli (uma espécie de Quarteira com upgrades), tudo parte de um plano para tornar a Líbia num destino turístico. Os funcionários estavam ansiosos para melhorar a muito básica infraestructura turística. Quilometros de praias de areia e água turqueza onde os camarões e as lulas vivem em abundante harmonia seriam então destruídos a bem do turismo.

Se resultou no Algarve porque iria falhar na Líbia?