terça-feira, abril 28, 2015

3 Coisas que nunca farei enquanto chefe


Um negócio não é melhor que as pessoas nele. Enquanto chefes (já não há pachorra para a retórica do “líder”), devemos preocupar-nos com os nossos funcionários (não há igualmente pachorra para o politicamente correcto, mas frequentemente falso, “colaborador”). Devemos recompensá-los, reconhecer os seus esforços e tentar tornar as suas vidas um pouco melhor. São boas intenções. Mas os esforços da malta podem não ter bem o efeito pretendido.

Seguem três coisas que, enquanto empregado, me parecem uma bela merda:

1. Prémios Empregado do Mês
Diz que é suposto um empregado ganhar. Boa... Mas isto significa que todos os outros perdem. O reconhecimento deve ser específico, pontual, genuíno e válido para todos, não apenas para um vencedor.
Em vez de esperar até ao fim do mês, os chefes deviam passar algum tempo, todos os dias, a tentar apanhar os empregados a fazerem coisas boas. Enquanto chefes, quando fazemos um bom trabalho de reconhecimento dos nossos empregados, eles tendem a ter um melhor desempenho – especialmente quando o fazemos com frequência.

2. Eventos Sociais Opcionais (que são tudo menos isso)
A definição não importa um carapau: todos os momentos que os empregados passam com as pessoas com quem trabalham são como se estivessem no trabalho. Além disso, algumas pessoas não querem socializar fora do local de trabalho. Eu, por exemplo.
E quando alguém diz que os empregados “devem” participar, o que se esperava ser um divertimento conjunto é tudo menos isso. A pressão está nos olhos de quem a vê. Quando me dizem, "Fernando, espero que possas vir ao cocktail da empresa...", o que eu ouço é "se não apareceres na festa, vou ficar muito decepcionado contigo."

Escusam de forçar a união ou a porra dos teambuildings; não funciona.

3. Auto-Avaliações
As auto-avaliações são uma perda de tempo. Porquê? O meu chefe deve saber se eu faço (ou não) um excelente trabalho. Os maus empregados nunca se avaliam como merdosos, de modo que se passa a sessão de avaliação a discutir diferenças de opinião. Se quiseres feedback dos empregados, pergunta-lhes o que podes fazer para os ajudar a desenvolver as suas capacidades ou a sua carreira.
As avaliações entre pares também são um desperdício de tempo. "Par" significa que trabalham juntos, e uma vez que são raras as pessoas que querem criticar a besta com quem trabalham todos os dias, tudo o que irás receber é informação frouxa, genérica e sem qualquer interesse.

Tu és o chefe. Saber o desempenho dos teus empregados é o teu trabalho, não o deles.

segunda-feira, abril 27, 2015

Cliente da MEO fica 96 horas online e, mesmo assim, não consegue cancelar a porra do contracto


Um cliente que passou 96 horas online a tentar terminar o seu contracto com a MEO, foi hospitalizado em estado avançado de exaustão mental.

Alberto Morcela, de Santo Tirso, entrou em contacto com o suporte da MEO pensando que seria capaz de cancelar o seu contracto com mais facilidade. Depois de quarto dias online, o Sr. Morcela foi informado que não foi autorizado a rescindir o seu contracto, uma vez que não estava lua cheia e Júpiter estava em ascensão.

“É um autêntico pesadelo”, disse ele hoje de manhã. “Foram quatro dias da minha vida que eu nunca hei-de recuperar, e continuo a ser cliente da MEO!'

Durante a conversa online o Sr. Morcela esteve em contacto com 12 pessoas diferentes, à medida que iam entrando e saindo dos seus turnos. As primeiras quatro horas foram dedicadas a questões de segurança e confirmação de dados pessoais. “A maior parte das pessoas tinha desistido logo ali, mas eu sou um cabrão dum teimoso cheio de razão!'

A transcrição da conversa chega quase às 560.000 palavras, aproximadamente as mesmas do romance de Tolstoy,'Guerra e Paz'.

A MEO não dá parte de fraca. Um representante confirmou que foram seguidos à letra os protocolos internos e que o cliente deveria estar ciente das normas que regem o cancelamento, cobertas de forma sucinta na página 946, paragrafo 14.9, alínea l) do seu contracto.

O Sr. Morcela está a ponderar se vai ou não recorrer a aconselhamento legal sobre o assunto. “Por agora vou deixar estar”, declarou. “Preciso de um pouco de descanso e tratar da minha declaração de rendimentos online. Pagava a um contabilista mas já me disseram que era muito fácil de fazer e que podemos sempre ligar para as Finanças se precisarmos de ajuda.”