sexta-feira, abril 20, 2018

Esqueçam lá Lisboa


Lisboa está demasiado turística, muita gente, muita confusão, trânsito, obras, os transportes públicos funcionam muito mal e as rendas upa upa. Para um terrorista trabalhar, Lisboa não dá. Marcas um atentado para uma hora e aquilo só começa duas horas depois porque o teu colega que tinha a nitroglicerina está na estação do Cais do Sodré e aquilo está apinhado. E depois já não consegues fazer o atentado porque já é demasiado tarde e a pessoa não está com cabeça.

Haid D' Salaam, terrorista

quinta-feira, março 15, 2018

Cristina Ferreira e Stephen Hawking discutem a Teoria das Cordas


Em 2012, Cristina Ferreira entrevistou Stephen Hawking no programa da TVI “Você na TV”. Eis um extracto dessa entrevista que pouca gente conhece.

Cristina Ferreira: Sempre que eu ponho um dos meus biquínis de cordas e ando na praia, atraio uma multidão. Por isso, eu acho que a teoria das cordas é de natureza magnética.

Stephen Hawking: Ao longo das últimas décadas, surgiu um único quadro explicativo, agora chamado de "teoria das cordas", que pode bem ser a derradeira teoria do Universo. Muitos físicos acreditam que, no inicio do Universo, as quatro forças fundamentais eram apenas uma única.

CF: Bem, quando estou acompanhada com membros da família, tento usar o meu biquíni de cordas menos atractivo e cobrir-me o máximo possível, pois isso pode criar um problema. Mas, isso em si é bastante indicativo do meu comportamento enquanto pessoa humana.

SH: Ao contrário da maioria (se não todas) das outras teorias, a Teoria das Cordas parece estar no caminho de incorporar com sucesso cada uma das quatro forças fundamentais num todo unificado.

CF: Lembro-me que uma vez mergulhei numa onda enorme na praia da Comporta e quando saí da água e ia para a toalha, faltava a corda do meu biquini. Ia morrendo logo ali de vergonha.

SH: De acordo com a Teoria das Cordas, cada partícula no Universo, no seu nível mais microscópico, consiste em combinações variadas de cordas vibratórias (ou fios) com um padrão preferido de vibração. A Teoria das Cordas afirma que é através desses padrões oscilatórios específicos de cordas que uma partícula de massa única e carga de força é criada (ou seja, o electrão é um tipo de corda que vibra de uma maneira, enquanto o quark é um tipo de corda a vibrar de outra maneira, e assim por diante).

CF: Exactamente. Obrigado por nos manter informados sobre as suas últimas teorias, Sr. Hawking.

SH: Muito obrigado, Sra. Ferreira, por ter usado o seu biquíni de cordas na nossa conversa.

segunda-feira, março 12, 2018

É oficial: a Internet consegue ser agora mais irritante do que a TV alguma vez o foi.


Os votos foram apurados e confirma-se: a Internet já é considerada mais irritante, desagradável e intrusiva do que a televisão (mesmo no seu apogeu) alguma vez foi.

A Internet foi originalmente concebida para ser uma ferramenta dos militares para transmitir informação eletronicamente e rapidamente, tipo quem bombardear a seguir e se era seguro ir hoje ao café. Era básica, desprovida de imagens e funcionava. Quando chegou pela primeira vez ao sector público, servia uma simples necessidade de informação para quem tinha a inteligência e paciência suficientes. O Código era difícil de usar, exigia um cérebro funcional, o nível emocional de um robô e era um canal utilizado apenas para passar informação redigida e numérica.

À medida que o meio ampliou o seu uso para fora da comunidade geek, exigiu-se que fosse mais rápida, mais simples, amiga do utilizador, com fotos de gajas nuas e vídeos de gatos a tocar piano. Em vez de só linhas de letras pretas e brancas a mexer-se no ecrã, tinham de haver vídeos de celebridades pop a cantar cenas românticas enquanto dançavam por toda a parte, despidas até onde fosse legalmente possível, um terreno fértil para a malta que gosta de dizer mal e anúncios de produtos que ninguém precisa, mas cujos fabricantes nos convenceram do contrário.

No início, a Internet estava exclusivamente no domínio das pessoas inteligentes; à medida que evoluía, foi-se afundando lentamente no universo de gente iletrada que a quiseram abastardar até aos seus próprios níveis de mesquinhez, falsa moralidade, lentidão mental e imbecilidade. Emburrecendo-a, portanto. E pedia-se que fosse mais rápida, mais colorida, estridente, musical. Em algum momento no inicio dos anos 2000, começou a regredir; recuando em direcção ao Neandertalismo.

A televisão, por seu lado, foi irritante desde o início. Os seus patrocinadores sempre exerceram um controlo apertado sobre os conteúdos e asseguravam-se que os seus programas permaneciam dentro da caixa. A televisão inicial era propositadamente pueril para não ofender nenhuma alminha. Só na década de 60 (e em Portugal muito mais tarde) chegaram melhores noticiários e programas com melhor qualidade e profundidade. Claro que também apareceram as novelas para manter a gente mais burra entretida.

A Internet começou no outro extremo do espectro. Mas já conseguiu superar a televisão em todos os defeitos. Alguns dois exemplos:

Publicidade – A televisão interrompe-nos a cada 20 minutos com 10 minutos de anúncios (canais nacionais) ou a cada 10 minutos com 2 minutos de anúncios (canais tv cabo). Mas a Internet está constantemente a esparramar-nos na fronha com anúncios na barra lateral, pop-ups, publicidade que bloqueia o que estamos a ler e da qual não nos conseguimos livrar. Pelo menos a televisão só nos chateia por uns minutos com a sua lavagem cerebral – a Internet é uma cascata constante de todos os lados e em todos os (maus) sentidos.

Ruído – Há muito tempo que nos aumenta, à nossa revelia, os decibéis quando entram os anuncios. E não é que a porra da Internet nos começou a fazer o mesmo com vídeos estridentes quando se abre uma qualquer página. E alguns uma pessoa nem consegue desligar. Pelo menos com a televisão podemos sempre mudar de canal.

É mesmo preciso dizer mais?