Um novo estudo lançado esta manhã pelo Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) revela que 37% da população adulta de Portugal tem matéria fecal no lugar do cérebro. Numa reacção sem precedentes, a RTP, SIC e TVI alegam que a sondagem é tendenciosa, provocadora e blasfema. Os canais são responsabilizados pela deterioração das mentes de uma percentagem considerável do público português.
"Não há qualquer
dúvida em relação aos dados," disse o Professor Jaime Meireles. “Os
portugueses que passam muitas horas por dia a ver estes canais são propensos a
terem um grau de matéria fecal em lugar do cérebro muito acima da média
nacional. A única conclusão que podemos tirar a partir do estudo é que a
verborreia que estas fontes (e outras em formato rádio) está a afectar o
funcionamento do cérebro de quem está aparentemente viciado nas mesmas. Isto deve
ser motivo de grande preocupação para a classe médica em Portugal. Comparámos
os dados com estudos do início dos anos 90, que mostravam que a merda na cabeça
tinha sido detectada em apenas 22% da população. Isto foi antes do aparecimento
dos novos canais de televisão, provando assim o efeito dos mesmos na psique
nacional.”
O Professor Meireles conclui
a sua declaração: "Se esta tendência continuar no nosso querido país, vamos
tornar-nos todos uns pensadores de merda. Mas francamente, e com o devido
respeito, as pessoas estão-se bem a cagar para isso."
2 comentários:
" - O meu conceito de fronteira - repetiu o Chefe [leia-se primeiro-ministro] - é definido pelas linhas que delimitam o ecrã da televisão. Tudo o que surge fora do ecrã não pertence ao nosso país, já está para lá da fronteira. Estão a entender? (...) Depois de recuperar o fôlego e de dar tempo aos Auxiliares [leia-se ministros] para exercerem os seus olhares de admiração, o Chefe disse, num tom definitivo, enquanto, com o seu polegar esticadinho, e com a intensidade da devoção religiosa, ligava o botão do seu ecrã:
- É este o meu país."
Gonçalo M. Tavares, in O senhor Kraus e a politica
Beijo, El Gato
Gonçalo M. Tavares, esse Kafka lusitano. Gosto muito e aplica-se por aqui (como em outros lugares).
Beijo, Maria
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