Numa acção de surpresa
coordenada por bancos europeus, os solicitadores de execução deram início ao
processo de expulsão dos gregos do seu país. “As letras pequenas nas garantias
dos empréstimos eram muito claras” disse o solicitador-chefe. “Elas dizem
claramente que 'o vosso país está em risco caso não respeitem os pagamentos'. Eles
pagaram a mensalidade atrasada nos últimos 3 meses, e este mês o débito directo
foi rejeitado, não temos escolha a não ser colocar o país na posse dos bancos.”
Numa reunião do
G20, os chefes de estado presentes regiram ao mais recente desenvolvimento na
crise da Zona Euro. O presidente Sarkozy disse aos repórteres, “Eu tenho falado
com os bancos em causa. Eles disseram-me que enviaram avisos e pedidos de
pagamento mas parece que a Grécia os ignorou, na esperança que desaparecessem. Chegaram
a devolver uma das cartas com 'no longer at this address' escrito na frente a
vermelho”. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, foi rápido a distanciar-se
da situação grega. “Eu não sei muito sobre isso porque não me deixaram entrar
na sala de reunião, no entanto tenho a certeza que os problemas da Grécia foram
causados por 13 anos de governo trabalhista. É tudo culpa
do Gordon Brown.”
Parece que
algumas pessoas já se começaram a preparar para o despejo evidente. “Não faz
sentido lutar” disse Stelios Contonopolis, enquanto empacotava o Monte Athos em
caixas de cartão. “Ainda falamos com a Cofidis, mas mesmo eles nos disseram que
não havia nada a fazer, mas arranjaram-nos um bom desconto em bilhetes para
Espanha.”
A enxaqueca da
comunidade internacional é agora o que fazer com os gregos deslocados. “É
sempre complicado quando temos tantas pessoas sem uma terra a que possam chamar
de lar”, disse António Guterres, “mas pensamos ter encontrado algum espaço que
possam tornar seu nos arredores de Jerusalém.”
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