Um grupo
de activistas, académicos
e outros cidadãos preocupados apela à criação de um "Departamento do Senso
Comum", para melhorar a qualidade da tomada de decisão nos países da
Comunidade Europeia. "A crise Europeia é o resultado de uma série de decisões
absurdas que foram tomadas nos últimos anos por alguns dos países membros,"
disse um porta-voz do grupo.
"Por
exemplo, decidir que as eminencies pardas do FMI devem assumir a liderança na
reforma económica é como por o Carlos Silvino a tomar conta de um balneário de
crianças. Sabe-se logo que ninguém vai sair dali limpo e vão passar o tempo
todo a apanhar sabonetes."
Acontece
que andámos a exportar muito do nosso senso comum para lugares como a China e o
Brasil. Agora, estas nações estão a caminho da Lua, enquanto nós estamos
atolados numa bela merda.
Ora, o
precedente para a criação de um Departamento do Senso Comum remonta aos
primórdios do Pombalismo. O Marquês de Pombal conseguiu as suas reformas com um
panfleto intitulado “Eu, o meu Leão e o seu Senso Comum”. Em seguida apelou à
criação de um Gabinete do Senso Comum, mas foi arquivado no Tribunal de Oeiras
e prescreveu por alturas de Dona Maria I, A Louca.
Tal
como nessa época, o Sistema de Saúde continua no topo da lista dos assuntos do
senso comum. O governo protege o intelecto do povo providenciando escolaridade
obrigatória. Não deveria o governo proteger as suas vidas igualmente com
cuidados de saúde obrigatórios? O senso comum diz que não se aprende grande
coisa se não se estiver a respirar.
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