terça-feira, janeiro 17, 2012

Indústria da música vai combater partilha de cassetes


A indústria da música vai propor novas medidas de combate à partilha de cassetes, que os responsáveis do sector culpam pela perda de interesse em boy bands empacotadas e, ainda mais importante, de uma data de guito.
A indústria quer combater isto com o lançamento de uma campanha de lavagem cerebral nos media que toque na consciência dos melómanos e que, de alguma maneira, ligue a partilha musical ao financiamento de terroristas; cortando a ligação à estação de radio aos utilizadores que a ouvem muito frequentemente, ou por períodos mais longos que a média, processando os fabricantes de sistemas HIFI que tenham mais de um deck de cassetes, processando lojas que vendam pacotes de cassetes virgens sem ir primeiro a casa dos clientes e certificar-se que as suas intenções são legais, e finalmente uma licença “pay-per listen” para cada canção produzida, fiscalizada pela ASAE e financiada pelos contribuintes.

Um porta-voz da indústria musical disse na noite passada que os melómanos acham que é muito fácil ir a uma loja, comprar um pacote de cassetes de 90 minutos, ir para casa gravar da rádio as suas canções favoritas e depois, usando alta velocidade de dobragem, fazer cópias para os amigos todos.

Pois eu acho que a sua real motivação se baseia na ganância de proteger as suas margens pornográficas, que cada vez mais artistas escolhem cortar e lançar a sua própria editora para promover o seu talento da melhor forma: na internet e boca a boca. Acho também que as pessoas se fartaram das bandas merdosas que produzem versão atrás de versão de musicas de outra qualquer pessoa que consegue efectivamente criar algo, acompanhadas de telediscos a glorificar espécies de cantores(as) lindinhos(as) de karaoke em camera lenta e em situações que envolvam ficar com a(o) gaja(o), a levar com chuva na fronha e com um ar sério e de quem não está aqui para brincar.

Estamos fartos desta merda, senhores. Este é que é o vosso problema.

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