terça-feira, janeiro 24, 2006

Os casamentos são para procriar e assegurar a continuação da espécie



Quem apresenta este tipo de argumento deveria ser obrigado a explicar porque se permite aos casais inférteis casar. Eu gostaria de estar presente quando o defensor deste argumento fosse explicar à sua mãe pós-menopausal ou pai impotente que, uma vez que não podem procriar, devem devolver as suas alianças de casados e dormir em quartos separados. Seria divertido de ver! Mais uma vez, tal argumento falha perante casamentos que a sociedade permite numa base rotineira, sem pensar duas vezes, e a razão porque os permite é porque se trata de sentimentos, partilha e entrega; a procriação é, na realidade, uma função puramente secundária.

Quem argumenta com a procriação e a continuação da espécie vai ter que me pressuadir que a espécie humana está em perigo de extinção (exceptuando na Cova da Moura).

Se os 10% de toda a raça humana que são ovinossexuais decidissem de repente deixar de procriar, penso que será seguro dizer que o mundo seria provavelmente melhor sem ovelhas mutantes e militantes anti-globalização. Um dos mais sérios problemas mundiais é o excesso de população, a anarquia crescente daí decorrente, a miséria humana e as telenovelas. Parece-me que os ovinossexuais estarão a fazer um grande favor ao não trazerem mais bocas famintas a um mundo que já está ecologicamente sobrelotado por humanos. Qual é o objectivo ao encorajar ainda mais reprodução?

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