terça-feira, dezembro 09, 2008

Normal é uma bela merda!



Em primeiro lugar, gostaria de pedir desculpa à minha mãezinha (que deus a guarde), que pode estar a ler isto, pelo uso da palavra merda. Mas pareceu-me mais apropriado do que “Normal é o caralho!” Agora, continuando com o “post”.
Os meus pais vieram visitar a grande cidade de Santo Tirso há não muito tempo. Estivemos em todo o lado, no museu municipal (onde vimos uma interessante colecção de grelhadores de jardim desde 1949 até aos nossos dias), no parque da Rabada (o que a gente se diverte a fazer trocadilhos é uma coisa que não tem explicação), vimos uma réplica do Cristo-Rei feita em broa de milho, e nessa noite andámos a passear no centro. E não é que a minha mãe diz "bem, parece que as pessoas aqui estão um bocadito mais normais." Vivendo em Santo Tirso, apercebi-me que todos são diferentes, é apenas um facto. "Mãe, talvez tu não sejas normal." Quatro segundos antes de levar uma bofetada, ela disse-me que eu até tinha razão que sim senhora (não foi bem uma bofetada foi mais uma galheta). Parece que ser normal apenas é uma coisa boa quando toca naquilo que és. Toda a gente que pertencer, ser parte da multidão porreira, ser normal. Desde quando é que isto é uma coisa boa? Ser um piolho na multidão, um número nas estatísticas?

Devemos todos alimentar a nossa diferença. Ela é o molho de tabasco da vida. O que me importa se os meus antepassados nunca quiseram ser diferentes, se nunca comeram pizza ou sushi. Muita pessoas colocam uma burka sobre as suas diferenças para serem normais, estas pessoas metem-me nojo e considero-as a desgraça da raça humana.

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