Não sou optimista. Em boa verdade, sou um cínico, puro. Hoje, contudo, apercebi-me que apesar da minha tendência habitual para o pessimismo, não poderia deixar de apresentar os meus agradecimentos. Inspirado pela tradição local do “Thanksgiving”, comecei a escrever tudo o deveria agradecer ao Sr. Bush, ao Sr. Cheney e ao resto da malta.
Obrigado George Bush II, graças a ti:
• Consigo localizar qualquer lugar no Iraque (e até no Médio Oriente) a partir da sua distância e direcção em relação a Bagdade. ("Verificou-se hoje um ataque insurgente na aldeia de Kublai Khan, localizada a 320 km a nordeste de Bagdade...");
• Quando falo com amigos americanos, dá-me sempre algum prazer perguntar-lhes com insistência, "Em que estavam vocês a pensar? Elegeram-no duas vezes?";
• Aprendi muito sobre economia. Ao contrário do que anteriormente pensava, um governo pode continuar a gastar e gastar e gastar, e ao mesmo tempo cortar nos impostos, e nem sequer ter que se preocupar em repor o valor da dívida incorrida;
• Aprendi uma nova definição de lealdade. Não importa se fizeste algo legalmente ou moralmente questionável, desde que tenhas amigos nos lugares certos. De facto, podes até ser um incompetente de merda, mas se tiveres amigos bem colocados, podes até receber uma medalha das mãos do presidente.
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