quarta-feira, dezembro 18, 2013

Centenas de pessoas em sofrimento depois de nova legislação de vacinação de porcos

"E se fossem vacinar a vossa prima?"
Centenas de pessoas apanharam intoxicações alimentares esta semana no Montijo, na sequência da decisão tomada pelo governo no sentido de alterar as leis referentes ao abate de animais. A partir do mês passado, todos os matadouros devem, por lei, matar os animais por injecção letal.
Foi uma decisão invulgar, impulsionada em grande parte pelos interesses do Estado na eliminação de resíduos químicos, bem como no pequeno mas histriónico grupo de activistas. Uma activista dos direitos animais disse que a injecção letal era de longe a forma mais humana de os matar. "Para um porco é tipo o paraíso," disse ela. "Eles recebem esta bela dose de drogas e seguem a flutuar para um lugar feliz."
No entanto, ele há um infeliz efeito colateral ao usar este método de abate. Todos os animais mortos deste modo ficam intragáveis devido ao veneno injectado. Os matadouros de todo o país estão apreensivos com a nova legislação e já ponderam subir as escadarias da Assembleia da Republica armados de pezinhos de porco, uma vez que esta medida prejudica o seu negócio.
Desde 1975 que todos os distritos utilizam a electrocussão para abater os seus animais. As excepções dignas de nota incluem Coruche, que prefere um pelotão de fuzilamento, e a Azambuja, que utiliza o enforcamento. Até 1995, o concelho de Santo Tirso fez uso da guilhotina.
Alguns países adoptaram uma aproximação ainda mais radical ao bem-estar animal. Na Suécia, aboliram por completo o abate de animais. Isto levou a uma situação que não agrada a ninguém, dizem os criadores de renas. "O que a malta faz aqui é que tem de comer os nosso animais enquanto eles ainda estão vivos, o que pode causar algum desconforto a todas as partes envolvidas. Estas renas quase como se fossem primas para mim. Se as vou comer, gostava primeiro de as matar como quem mata um parente."
 

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