terça-feira, março 26, 2013

Teoria da Felicidade



Cientistas na Universidade do Minho conseguiram medir a quantidade de felicidade no mundo e chegaram a uma conclusão notável: ele há um certo nível de felicidade de fundo que não flutua.

"Uma série de evidências levaram-nos a esta conclusão, para começar, as pessoas eram mais felizes antigamente," disse o professor Bruno Raposo. "Havia menos pessoas por aqui no passado, o nível de felicidade de fundo era capaz de tornar mais pessoas felizes a maior parte do tempo." De acordo com a teoria, quando o número de pessoas aumenta, a parte de felicidade que cada pode usufruir diminui. Isto é, por cada pessoa realmente feliz, tem que haver um bandalho miserável.

A dedução é correcta e, onde algumas pessoas são muito felizes, o montante global de felicidade que sobra para distribuir diminui. Isto significa também que os grupos de pessoas realmente felizes, como os idiotas, são um mal. Eles apropriam-se de mais do que o seu quinhão de felicidade, negando-o ao resto do mundo. Por outro lado, toda a gente conhece um esgoto de felicidade: aquelas pessoas que, por muito boa que seja a sua vida, nunca parecem estar felizes. Estes são os heróis que deixam os outros a sentir-se bem melhor.

Os governos podem já ter conhecimento do nível de felicidade de fundo há já algum tempo, uma vez que têm implementado medidas para assegurar que ninguém fique feliz demais. Basicamente, as pessoas têm de entender que podem ser suficientemente felizes. Lutar para ser mais feliz do que isso significa que outras pessoas irão ser miseráveis e perder a sua casa ou morrer-lhes um parente querido, para compensar.

Calculou-se que suficientemente feliz esteja logo acima de não estar triste. ‘Contente’ também é uma boa palavra, embora não tão boa como ‘cá se vai andando’, uma das minhas frases favoritas e que me deixa radiante sempre que alguém a diz.

Está implícito na teoria que é possível aumentar a felicidade de fundo reduzindo o nível de felicidade de outras criaturas. Cada grupo de criaturas parece ter o seu próprio nível de felicidade. Se esse mesmo grupo deixar de existir, então a humanidade poderá ser um pouco mais feliz. Vai daí, as extinções de que o pessoal tanto se queixa até são uma coisa boa.

2 comentários:

Maria disse...

"Felicidade chega
inesperadamente e vai mais além
Qualquer madrugada fala disso"

Raymond Carver

Beijo-te,

Unknown disse...

Felicidade também era o nome de uma copeira lá no Hotel Metello de Santo Tirso. Saia-se com cada uma que pareciam quatro! Era de fazer corar um camionista.

Beijo-te,