segunda-feira, novembro 03, 2014

Já foste.


A polícia deu hoje detalhes sobre um corpo de um idoso em avançado estado de decomposição que foi recentemente descoberto no parque de estacionamento do Continente da Azambuja, onde dizem que pode ter permanecido morto durante muito anos, ou até mais.
 
Os policias encontraram o corpo em decomposição, caído de exaustão sobre um carrinho de compras num dos extremos do vasto parque de estacionamento depois do funcionário o Frederico Virilha ter notado um cheiro nauseabundo e ter ligado para o 112. "Derivado a questões de mobilidade eu não costumo ir muitas vezes à extremidade oriental do parque," disse Fred, "demora-me praticamente o dia todo para lá ir buscar uma dúzia de carrinhos, com este meu coração a falhar, mais a rótula do joelho que mais parece noz-moscada e outros problemas de saúde."
 
O gerente do Continente local informou a polícia que, lamentavelmente, a extremidade oriental do parque de estacionamento raramente é assistida devido aos graves problemas de saúde do Fred (acrofobia, miopia e assim), e a área tornou-se numa espécie de rio Mondego para carrinhos debilitados. "Em boa verdade, já devíamos ter posto o Fred na reforma há uns anos atrás" disse o gerente, "mas é as leis que temos e isto qualquer dia a idade da reforma é só aos 83 anos."
 
A polícia descartou a possibilidade do corpo decomposto ser do antigo presidente Sidónio Pais, e identificaram o corpo como sendo Afonso Manso, de 89 anos, que aparentemente foi dado como perdido em 2005, depois de ter saído para ir comprar comida de gato para o seu cão a atravessar uma crise de identidade.
 
A polícia disse também que a morte não foi considerada suspeita, pois o post-mortem revelou que o Sr. Manso morreu de ataque cardíaco, quase de certeza quando chegou à caixa e viu que tinha deixado o cartão de pontos em casa. No entanto, as autoridades estão extremamente preocupadas com o bem-estar geral do cão do Sr. Manso, o pitbull 'Néné', que já não é alimentado há praticamente uma década e pode agora representar um perigo público ao primeiro ser humano que se lhe apareça à frente.

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